terça-feira, 1 de dezembro de 2009

continuação

mais poemas em : http://norbertopie.blogspot.com/

terça-feira, 8 de setembro de 2009

papel quadriculado

Pega régua de cálculos
Compasso e a sua tabuada
Inclua em seus dados
As flores secas do outono
O barco navegando no oceano
E aos outros tantos planos
Sou fator de potência nesta sentença
Tanto faz se soma ou subtrai
Quem realmente se sente livre quando chega
E quem se encontra quando parte
Nesta calçada dourada
Emoções são tantas que exalam
A felicidade esta sempre alí a um passo
E nem é preciso falar em voz alta
Desde que saiba a resposta

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Viagem

A distância nem era pra existir
Um sentimento diferente tomando corpo
Dou corda no relógio
Tiro a lama do sapato
Em silêncio argumentos foram se acabando
Estou pronto pra acordar
Juntar a mala jogada no fundo do armário
Vestir o terno desalinhado há tempos
Nestas horas não existem rugas
Nunca é tarde
Sei o quanto sonhei em minhas viagens
Sem tirar o nó da gravata
Muito menos o vazio do meu peito

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

noite clara

Estrelando a noite clara
Em plena luz do luar
Sua imagem
Me congela o olhar
Sua silhueta
Minha inspiração
Admirando a leve brisa
Balança seus cabelos
Passeia em seu rosto
Brinca em seu corpo
Me deixa sem ar

terça-feira, 18 de agosto de 2009

intuito

O intuito volta
Buscando barreiras naturais que impeçam
É claro o caminho no traço
Recalculando o improviso no momento
Aos risos presumindo riscos
Das figuras opalescentes
Costumeiros cravos se agarram ao clima
Enraizados com tempo florescem

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Factóides

Pois pode parecer sim
Como bem entender
Até o fim
Ao cair do clima
Estas imagens refletem
E nada escondem
Factóides em suas lentes
Andróides invadem minha mente
A aliança adianta fronteiras
Aparências transpassam barreiras
E aos trancos e barrancos
A multidão atropela
Em um clique selvagem
Uma imagem se revela
Cada soldado deste exécito
Acorrentado até os dentes
Rolando barrancos abaixo
Marchando sempre em frente

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Entrevista

Persiste encontrar sentido único
Ainda não é merecido descanso
Causos contam e se multiplicam
Mas não equacionam orbitais
Pula e acerta a cara n'água
Refresca mas não apaga
Cada esboço de reação
Depende de uma ação
Para pensamento abstrato
Desde a escola até pós graduação
No vazio em iminência
Chega pronto pro papel

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Arte de Parede

Onde aquela força minha
Alimenta a astúcia
Pronto pára e observa
Muito pouco se contesta
É mais fácil
Quando se é de outro planeta
Pra chegar até a outra ponta
Algo se percebe
Alguns passos são falsos
Intolerâncias e cuidados
Aos tratos educados
Aqui se aprende
Língua ao invés
...
A navalha virou arte de parede
Agora não jorra mais sangue
Áspas tomam ar de calha
Há tanto
Não chove muito

sábado, 1 de agosto de 2009

Ambulante

Eu falo sózinho quando sinto que não estou vivo
Sou apenas um troféu de meus atos
Minha imaginação alcança as núvens
Sou apenas ingêuo
Minhas crenças são perenes
Sinto o que sinto
Faço o que faço
Sem querer
Acredito
Preciso preteger meus sentimentos
A aurora trouxe dúvidas e conflitos
Ao seu lado agora jaz meu vazio

sexta-feira, 17 de julho de 2009

A Lista

Na estreita hora certa
Revisa a lista para ver se esquece
Um item se repete
Especialmente este
Justo agora já é tarde
Não precisa de verdade
Mas tem duas vezes

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Aposta

Rolem os dados
Ladeira abaixo
Corre pra ver o estrago
Cada um com o seu guardado
Apertado
Aguardando o resultado

sábado, 27 de junho de 2009

Alto

Com amor e despreparo
Com carinho e destilado
Um túnel atrás de outro
À caminho do oceano
Onde nesta época do ano
No sol ardente
Cercados de correntes
Pássaros voam mais alto

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Sem parar

Algumas núvens parecem até paradas
Com esta distância
Não sei nem ao certo
Para onde olhava
Sabia que o céu estava alí
Não só para brindar
E eramos nós
Que fazíamos o que fazíamos
Sem parar

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Asfalto Quente

Ora era pra ser uma realidade emocionante
Ora virou tudo miragem no asfalto quente
Acontece
Não é nada
Neste mundo de muitos
Um parece doido
O outro extravasa

terça-feira, 9 de junho de 2009

Colina

Do alto da colina
A vista também é bela
O retrato que coloca na parede
A música que toca mais de mil vezes
Seria loucura minha
Fosse apenas um cenário
Em estado sólido me deparo
Na beleza que se espalha
Na luz que reflete seu rosto
O que não há de ser nada
Sem o sabor do seu tempero
Sem o calor do seu cheiro
Perco então alguns momentos
Na tarde que cai em seguida
O dia que se revela
Do alto da colina

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Passando

Com o cair da temperatura na noite passada
O orvalho da grama ainda não quebrou o gelo
Mesmo com o despertar do sol que por hora só espia
Enquanto começa outro dia
Do lado de dentro da minha janela em movimento
Aos poucos também desperto
É bom saber que a beleza da vida está alí
Vivendo a sua rotina
Aos olhos de quem olha

quinta-feira, 28 de maio de 2009

não contra

Poesia na ponta da espada de um dom quixote qualquer
Que apesar de toda insanidade
Nunca se deixou levar a sua destreza
Nem do topo da tolice
Nunca armou briga de covarde
A não ser contra si mesmo
Existirá sempre dentro do ser um humano a solta

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Em movimento

Há tempos não sentia o vento
Batendo forte assim na minha cara
A estrada esta muito clara
E ao cair da noite fica ainda mais bela
Tenho agora mais certeza
Que estou no lugar certo
Meu caminho está iluminado
Fica fácil seguir no rítmo
Atento ao movimento
O veículo mais lento deste trecho
Sou eu que guio
Estou em sua sintonia
Não deixaria de aproveitar esta vista
Por nada neste mundo

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Sonhei

Sonhei que estava comigo
E não onde está
Que estavamos dirigindo
E voce não queriqa parar
Continuava me dizendo para não parar
Continuar indo
Que no final chegaríamos lá
Onde cheguei
E você não está

Pisa fundo no acelerador

Talvez esteja tudo em ordem
Pode seguir viagem
Sem data de retorno
Precisa tomar o rumo
Não há incômodo
Nunca houve transtorno
Sem telefones para recados
Roda pelas estradas
Pisando fundo no acelerador
Procura o destino
Através do pára-brisa
Agora que tem o volante em mãos

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Sinais

Tem horas que sinais dizem-me para correr
Tem horas que sinais dizem-me para parar
Será que estou indo a algum lugar?
Será que posso confiar em meus instintos?
Sinais podem ser mal interpretados
Sinais também podem ser trocados
A estas alturas
Poderia estar em um lugar bem diferente
Daquele que imaginava
Daquele que desejava
Daquele dos sinais
Diferente daqui

sábado, 9 de maio de 2009

Dependendo do Pavio

Um fósforo riscado é mais que fogo
A simplicidade pode ser cúmplice
Nada deveria ser tão incompreendido
Mas eventualmente cai no esquecimento
Tantos foram os pequenos passos dados
Que acabou se movendo na direção do vento
E com a velocidade do momento
Fica mais difícil entender tudo que se passa
Entrelinhas servem para fazer espaço
Principalmente quando olhos somente passam

quinta-feira, 7 de maio de 2009

intensamente

A postos mas não imóvel
A claridade traz mais que uma simples visão
Tem compromisso com os instintos
Tem como certo o caminho
Viver intensamente
Sentir o doce sabor da amora selvagem
Amar a toda prova
Saber que não é a toa
Não fosse a ordem aleatória
Outras verdades não existiriam
Não há como deixar de lado e se conformar
É melhor se jogar que morrer enferrujado

terça-feira, 5 de maio de 2009

o diálogo

Sem diálogo
Sem aspas e parágrafos
Sem intenção
Tudo tem dois lados
Sem diálogo
Atropelei seu gato de propósito
Desci a rua na contra mão
É sua a interpretação
Sem diálogo deduz o que quer
Faz as contas
Subtrai da própria imaginação
O diálogo
Não é para quem pode
Mas sim para quem quer

segunda-feira, 4 de maio de 2009

caminho

Minhas palavras estão fugindo
Neste instante percebo tudo muito intenso
A cada segundo que o relógio insiste em marcar
Uma nova tempestade de emoções embaralha meus sentimentos
Vivo na busca destas palavras
O que sinto não interpreta o acaso
Tudo é possível se acreditar no destino
E com toda força que ainda resta na memória
Aparo as arestas para iluminar o caminho
Desde o início o sentido ainda é o mesmo
Esta é uma via de grande importância para os meios

quarta-feira, 29 de abril de 2009

o circo (parte 1)

Sem exata noção de nada
Parece terremoto abalando tudo
Não existe rachadura tão profunda assim sem uma falha
Teme se isolar em escombros
A saída agora é a fuga
Pode sentir um certo alívio por ter escapado
Sem olhar para trás
Sem saber ao certo oque largou as pressas
Endurece seu coração para não haver culpa
Não existe um motivo
Deixou milhares de desculpas
E assim nunca saberá
Se não era parta lutar um pouco mais e realizar suas palavras
Se encontra então em novo refúgio no abrigo dos seus iguais
Ja sabe que as terras abandonadas ao sul continuam intactas
Que na verdade se deixou levar pelas aparências
Sem nunca ter sequer conhecido
A personalidade do circo
Que por tanto tempo frequentou

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O caminho da volta

O pensamento pode sempre ir mais longe
Minhas pegadas já estão se apagando
Aqui trancado com meus pensamentos
No momento não me arrisco ir até lá fora
Onde sopram fortes ventos
Sinto certo receio de não encontrar meu caminho de volta

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Seu Pomar

É doce o sabor do meu amor
Este fruto brota na beira da paz
Entrelaçado nos galhos
Conto as sementes para plantar
Não existem farturas nestas horas
É preciso preparar o solo
É preciso que também haja sol
O brilho da vida se reflete na luz
O som do moínho d'água
Transporta vida pra todo o lugar
Quero te dar minhas flores
Colorir seu caminho
Fazer da vida
O seu pomar

segunda-feira, 13 de abril de 2009

nada é a toa

Ser feliz sem motivos
Acordar sorrindo
E a notícia se espalha
Veículos estão a solta
Noticiando em plena avenida
- alô alô ouvinte, estou a sua procura!
Um sorriso
Um sentimento
Para Alegria

domingo, 12 de abril de 2009

pedradas

Pedradas de todos os lados
Sinto o ar se movendo
Cortando a corrente do vento
E uma a uma
Pedradas de todos os lados
A cara ja criou calos
De tantas que não erraram o alvo
É bom saber
Tem gente que ainda perde tempo
Que não diz muito a respeito
Lapidam suas pedras em silêncio
Essas pedras
Tem as digitais de seus dedos
Dispensam recados
A pedrada fala por seu peso
O remetente não é o importante
Por isso segue seu caminho
Sem nunca perder tempo
Sem pedir arrego
Nem nunca ter se escondido
Pois não é este
O último suspiro

quinta-feira, 9 de abril de 2009

estado de cadeado

Tento me desencapsular deste remédio amargo
Mas não suporto a devoção que me sujeito
Capaz de cair na própria armadilha
Em estado de cadeado enferrujado
Penduro meu chaveiro no bolso e desencano
Todos temos muito que fazer ainda
Nada pode ser tão superficial assim
Esta fragilidade das almas não é tormento
O atrelamento precisa ter muita fundação
Assim que a poeira baixar
Me movo pro segundo andar

quarta-feira, 8 de abril de 2009

nada pra fazer

Para minha surpresa
Acordei bem mais cedo hoje
Fui correndo fazer meu café para ver o sol nascer
Nenhum compromisso
Não tenho nada nem ninguém me esperando
Uma manhã perfeita desde o início
Nestas horas posso realmente ser feliz
Nesta paisagem
Com a trilha sonora dos passarinhos
O ar gelado refresca o peito
Tudo em seu lugar
Em um perfeito momento

segunda-feira, 6 de abril de 2009

passa tempo

Passa tempo
Passa
Não quero mais perder tempo
Passa tempo
Passa
Não quero mais entender nada
Tive minha chance e desperdicei
Corri bastante mas não adiantou
Perdi minha carteira no caminho
Gastei a sola de meu sapato
E agora tenho tanto que refazer
Que perdi também o ânimo
Passa tempo
Passa
Só assim quem sabe um dia possa
Não precisar provar mais nada

redundante

eu só tenho medo do escuro
quando não enxergo nada
como agora
não consigo saber
se existe futuro
em tentar te ver

sexta-feira, 3 de abril de 2009

paz

Posso ficar ao seu lado até a hora de ir embora
Quando fecho meus olhos são os seus que vejo
Poderia deixar de ser bobo depois de um tempo
Mas só até te ver denovo
Sinto meu coração disparado
Enquanto encontro aqui nestes teclados
Uma brecha para aliviar meus pensamentos

quarta-feira, 1 de abril de 2009

um amor isolante (2)

Tu me deixou aqui
Mas claro
Eu sou um bandido
Tentei roubar seu coração
Tentei matar seus desejos
Tentei capturar seus mais lindos momentos
Tudo pra mim

Verdes Frutos

O amor é muito brega, cafona e vulgar
E eu amo amar
O amor é traiçoeiro
Sempre me deixei levar
Aparentemente mágico
Pode ser tudo quando maduro
Mas cuidado
Amar sem ser amado
É trágico
Transforma
Machuca
Não se explica
Pura nostalgia e só
Uma sensação arrepiante
Um amor isolante
Apenas derruba da árvore
verdes frutos

terça-feira, 31 de março de 2009

temporal

o tempo pode ter passado
tudo pode até parecer diferente um dia
a vida pode ter aflorado
expandido
encolhido
o tempo pode ter acrescentado
com tempo
algumas coisas podem ter acontecido
enquanto outras não
o tempo pode ter consumido
ainda são sentimentos que tem outras dimensões
frutos da imaginação
o tempo tem passado
e no passar do tempo
quase nada pode ser previsto
inocentes viram bandidos
bandidos perdoados
perdões confundidos
conceitos refeitos
pricípios trocados
...

e o tempo
que é só nosso
pode pesar mas passa
e deixa marcas
que o próprio tempo apaga

terça-feira, 24 de março de 2009

no escuro

um tom de suspense no ar
uma sensação incerta
o telefone toca
o som é estridente
um degrau após outro
sobe com pressa
e agarra-se ao gancho
o som agora é de ocupado
a luz acaba
reflexos de faróis atravessam a sala
senta-se nos degraus
o telefone toca denovo
uma voz irritante pergunta por ciclano
é engano
cães latem ao fundo
agarra-se ao cigarro como a salvação
nuvens de fumaça preenchem a sala
o cansaço domina
o desanimo é grande
agarra-se desta vez as suas chaves
Será que vale a pena fugir disto tudo?

segunda-feira, 23 de março de 2009

noite

a luz da lua estava linda
como o barulho da noite que brilhava
para os sonhos mais lindos se tornarem realidade
em momentos
em seu tempo
tudo sempre brilha

quarta-feira, 18 de março de 2009

na beira do cais

meu coração derrama lágrimas de sangue
minhas emoções perderam o sentido
agora com o corpo todo rígido
a alma se debate dentro desta casca
folhas secas viajando ao vento
ouvi um som trazido do sul
o vento vem e vai
meus sentimentos não são mais meus
minhas horas agora marcam o passado
minha âncora se partiu
estou na deriva da vida
sei que minha hora ainda não chegou
ainda tenho muito que perecer
é uma longa viagem até meu destino
nada nada mais me prende aqui
são três horas pra ontem
vou começar a me preparar
sem poupar esforços
o ticket ja esta impresso

terça-feira, 17 de março de 2009

em cores

seus cabelos cada dia de uma cor
em meus sonhos
uma mistura de nós dois
atravesso um espelho de manhã
pensando em vc
não sei onde vou parar
sinto algo
e não consigo explicar
palavras só servem para desabafar
não acho
só sinto
e o que se passa aqui comigo
é impossível

repentino

vou te falar agora eu sei
vou ter que mudar os meus costumes
que agora o tempo voa ainda mais que ontem
que é uma pena eu sei
o sol sempre brilha
mesmo que esteja encoberto por neblina
os dias podem mudar tudo
o meu futuro entalhado em meus segundos

domingo, 15 de março de 2009

vencer

será que poderia despojar meus sentimentos
sem prévias censuras de minha existência
sem calar minha mente
que urge por falar o que pensa
mas nunca a quem deve?
uma atmosféra de paz reina no castelo
um sentimento de calar-se ecoa nas paredes
e o sono não vem
as pálpebras que ja não aguentam a cortina da noite
não suportariam jamais neste momento
a luz
com um andar sereno
apalpando as paredes no escuro
sem demonstrar a mínima intenção em trazer claridade ao caminho
confundo-me em meu desejo e martírio
a epopéia da existência desafiadora do juízo
incomoda mais a mim que a qualquer outro e mesmo assim
sei que é desta jornada que há de se erguer a verdade
se alguma
nisto tudo contido
nunca houve de fato nada perdido ou desperdiçado
foram aqueles momentos mais tristes que trouxeram o silêncio fúnebre
místico e escaramuçado de pensamentos proíbidos
gritos calados
urros
... silêncio
e da penumbra à aurora à cegueira
dos sonhos mais escondidos
ao sentimento mais honesto do mundo
até a incerteza de tudo
de que seria útil toda esta energia
senão para trazer a tona não o mais belo
mas o mais sincero ser
que possa ser

em tempos

ja perdi a noção do tempo
que a tempos não me dá atenção
e assim passam os dia
horas
momentos
sem voltar atrás
sem olhar para frente
preocupado demais com o presente

sexta-feira, 13 de março de 2009

pode parecer um momento

e eu acho ... e eu me perco
tudo pode parecer e desaparecer
e nunca mais aparecer
nem mesmo quando menos se espera
nunca pensei assim em fim
se ao menos a cegueira fosse incerta
tudo poderia ser apenas momento

quinta-feira, 12 de março de 2009

somente

estarei bem perto da felicidade
a cada dia aproveitando melhor os momentos
deixando de lado minhas diferenças
que o tempo seja meu guia
que nada seja explicado
que não haja arrependimento
que sobre somente alimento para que outro viva

terça-feira, 10 de março de 2009

parte 21 de 26

a porta
o sol
o guarda chuva
...
tudo me faz bem
consigo ir em frente
ouvir e ir com a melodia
entrar em seu compasso me faz bem
tudo ou nada
a não ser que goste de viver que viverá bem
é querendo e não desistindo
soltar a pipa onde sopra o vento
tem que remar à favor do destino
e isto quem te indicará será você mesmo
não se esqueça
quem é você

tarde

Andando pela calçada desconexa e esburacada de minha rua sem saída
Procuro não perder meu equilíbrio
Enquanto um resto de raio de sol do final da tarde corta meus olhos em fatias
Uma sensação de que algo pode acontecer a cada segundo
Não passa desapercebida
A pequena distância
De repente
Parece parar no tempo
A brisa que gela sussura algo em meus ouvidos
Com os olhos quase fechados mas muito atentos a tudo
Chego em casa e percebo como é difícil
Não notar a vida ao redor
Mesmo quando nada demais parece acontecer

segunda-feira, 9 de março de 2009

a tempo de mais nada

o que importa agora que já passou da hora
agora que não há mais tempo para nada
muitos campos ainda serão semeados
agora não dá tempo para mais nada
a chuva que não cai precisa ser regada
muitas coisas acontecem
enquanto um dorme outro acorda
enquanto um acorda outro não se importa
pois não há mais tempo para nada
conformismo a beira do caos
gritos de euforia calados aos tropeços
calúnias nunca fizeram parte disso
até surgirem em vão
nunca houveram tantas tentativas frustradas
e agora
não dá mais tempo para nada

mágoas

como águas passam
ás vezes evaporam e se tornam trovoadas
momentos parecem eternos
ora numa direção
ora noutra
não as tenho mais aqui
sobraram cicatrizes
foram embora sem deixar saudades
aliás
saudades foi oque ficou
e estas tais mágoas
que surgiram como do nada
ao nada retornam
não acredito em limites
o meu sentimento será sempre mais forte
o tempo anda por nós
a nosso favor
pois não existem limites nem obstáculos para o amor

domingo, 8 de março de 2009

estremeço quando te vejo

por mais que pareça que não
que se faça em silêncio
que seja mais que uma visão
que no toque me arrepie
que não sinta só paixão
pois não espero em silêncio
não finjo ser são
estremeço quando te vejo
vivo de profunda imaginação
sonho com lindos momentos
ao seu lado me revelo
sem medo da ilusão

o segredo no momento

tudo parecia bem sereno
até aquele momento
que descobri o que sentia por você
fiquei com medo de te perder
resolvi então crescer
e esconder este meu medo
então lhe mostrei o que sentia
sem nunca saber o que aconteceria
pois a vida tem seus segredos
e somente juntos descobriremos

inconstante

vejo mas não percebo
o que esta acontecendo
quando
olho para o nada e nada vejo
percebo estou desaparecendo

correndo rindo indo sózinho

quanto te vi pela primeira vez
sei que nem tentei fugir
assim eu nem sei
o que fazer
o que fiz
e o que eu faria
tudo outra vez

demasiado

deixei tudo de lado
sem nem pensar nas consequencias
entreguei tudo e mão beijada
fiz questão de não me opor ao fato
que de fato não valia mais nada
não fosse tudo dado
implorado a ser levado
quem levou a rima
guardou no fundo da mala
e talvez nunca seja achado
talvez nunca ache de fato

atalho

esta estranha sensação não passa
este imenso mar branco parece ser muito maior que a realidade
minhas palavras não chegam onde deveriam
minhas idéias parecem bloquear-se ao toque dos teclados
qualquer coisa é motivo para fugir do assunto
qualquer objeto inanimado berra por atenção
enquanto procuro coisas intocáveis
que tento esconder e encontrar o tempo todo
fatos que me ocorrem
e fogem
como num sopro minha atenção volta-se ao cinzeiro
como um tolo tento alcançar meus sentimentos
que fogem
talvez seja isto mesmo
talvez fosse para ser assim mesmo
talvez nunca deva encontrar as palavras pois estas podem não ser suficientes
talvez nunca devesse ter tentado encontrar razões
talvez não hajam razões
o vazio ganha mais espaço ainda
e o sentimento cada vez mais apertado

mas ...

o que foi que nos aconteceu?
sei que lutei quanto pude
pensei que nunca desistiria
é triste saber que estava errado
meu amor nunca venceu
o tempo passou
ainda sinto angústia e dor
ainda rolam lágriamas
entrelaçadas as suas lembranças
ainda não consigo cantar aquela canção
voce ainda é dona de um pedaço meu
o momento não me dá calma
com o pensamento preso nesta jaula
o que foi que nos aconteceu?
não encontro a saída
esta busca ja me cansou
desistir não é a solução
preciso encontrar o caminho da saída
entender que meu amor não venceu ainda

palavras

tudo e nada ao mesmo tempo
uma ilusão desgraçada
tenho uma enorme vontade
quero algo mais
que estas simples palavras